Parece
até brincadeira, mas eu já tenho sorte de estar perto de histórias que eu sei
que pode gerar um texto bacana aqui pra vocês. Estava eu no ônibus presa num
bendito engarrafamento. Por causa da greve dos metroviários aqui em Recife,
andar de ônibus foi um teste de paciência esses dias.
Pois
bem, estava eu doida pra chegar à consulta para manutenção do meu aparelho odontológico
quando peguei um ônibus na Avenida Agamenon Magalhães e percebi que ia demorar
no mínimo o dobro do tempo que tiro normalmente. Sento na cadeira ao lado de
uma moça jovem, com cara de experiente, mas jovem.
Ela
não parava de mexer no celular. A aparência dela ao escrever foi o que me intrigou.
Ela digitava bem rápido no celular depois parava, olhava pra cima, pros lados,
abaixava a cabeça, e começava a falar sozinha como se quisesse buscar respostas
para alguma dúvida.
Como
eu sou muito observadora, comecei a olhar com mais detalhes as ações dela. Eu não
ia sair dali mesmo e o trânsito não tava ajudando. Eu sabia que ela estava com
dúvida em alguma coisa. Que a pessoa que ela 'conversava' pelo celular a estava
deixando confusa.
Parei
de olhar pra ela e virei pra janela. Do nada eu ouço um choro, quando viro
novamente a vejo chorando meio que contida, 'engolindo' as lágrimas para que ninguém
percebesse.
Eu
falei com ela. Aí você pode ‘tá’ se perguntando: “O que você tem a ver com isso
Elida, você nem a conhece?!" É você acertou. Eu não a conhecia, mas não
podia vê-la chorar e não fazer nada.
Perguntei
se ela estava bem e se estava precisando de alguma coisa. Ela levantou a cabeça,
me deu o celular e pediu pra que eu lesse o que estava escrito. Eu não entendi
nada, mas fiz o que ela disse. Quando peguei o celular estava aberto no
aplicativo whatsap com a conversa com um homem que aqui vou chamá-lo de Zé.
A
parte da conversa que eu li, o tal Zé estava tentando convencê-la a aceitar o
relacionamento que ele estava propondo. Até aí tudo bem. Você pode perguntar:
"Mas Elida, isso é motivo para ele estar aos prantos?" Não, claro que
não. Esse não era o problema.
Ao
longo da conversa dela no whatsap com ele deu pra entender que ele era casado e
mesmo assim queria se relacionar com ela. Ele insistia em encontrá-la a sós e
dizia que ela não precisava se preocupar que ele 'ia dar um jeito' de resolver
a situação dele', ou seja, ele ia se separar da esposa para ficar com ela. Isso
era o que ele dizia. Ao longo da conversa ele dizia que já não suportava mais a
esposa e que essa moça era um 'alivio' para o sofrimento dele, pois a esposa
pegava muito no pé dele...
Eu
fiquei chocada vendo aquelas mensagens e devolvi o celular a ela. Ela me pediu
desculpas por se expor tanto assim e que nem me conhecia, mas sabia que eu era
crente e que eu talvez tivesse uma palavra de conforto pra ela. Na
fala dela ela repetiu inúmeras vezes que não era capaz e nem podia destruir uma
família e me perguntou o que eu achava daquilo.
Imaginem
como eu fiquei?? Eu nem conhecia essa menina e já estava conversando com ela
como se fossemos melhores amigas... Eu disse a ela que a família era um projeto
de Deus e que só Ele tinha o poder se fazer acabar, caso fosse a vontade Dele.
Em rápidas palavras eu disse a ela que eu sabia o que era ser traída. Que eu já
tive muitas decepções na minha vida pessoal e familiar, mas a que mais causava
dor era a de ser enganada. Disse
que ela não podia estragar a vida dela destruindo uma família que ela já
conhecia. Mas destruir Elida? Essa palavra é muito forte. Sim DESTRUIR. Disse que
Deus tinha algo muito melhor para ela e o que garantia que um dia ela também não
seria trocada por ele?! Contei a ela uma rápida experiência que tive com amigos
próximos a mim e o quanto tinha sido um processo doloroso e sofrido. Ela parou
de chorar e me disse que não ia fazer aquilo. Que ela era uma mulher de família
e não queria causar tristeza à mãe dela que também conhecia essa família que
iria acabar.
Eu
percebi que já estava chegando ao meu destino, segurei a mão dela e fiz uma rápida
oração perto do seu ouvido. Eu Disse: "Senhor. Eu não conheço essa mulher.
Nem o nome dela eu sei, mas eu sei que o Senhor tem os seus planos e não foi em
vão eu estar aqui. Eu te apresento agora esse coração. O Senhor a conhece e tem
o melhor para ela. Que ela possa tomar a decisão certa e que ela tenha uma família
feliz. Em nome de Jesus, amem." Me levantei a abracei e desci do ônibus.
Que
dia de experiência foi esse? Oh my God!!!
Que
possamos estar abertos e aptos para ajudar sempre o próximo. Sei que talvez eu
nunca mais veja aquela moça, mas ela esta em minhas orações. Peço a Deus que
lhe conceda uma família feliz.
Se
você leu esse texto ate aqui e esteja pensando ou agindo como aquele Zé agiu, que
Deus te de a oportunidade de mudar. Que você tenha a sua família sem destruir
nenhuma outra.
Obrigada
Jesus!
Até a próxima pessoas.
(Ps.
Não sumirei por muito tempo hehehe)
Élida
Régis
Nada é por acaso. Muito bom!!
ResponderExcluirHércio Moraes