Eu
poderia começar a minha primeira postagem de 2016 com um texto bem bacana de
incentivo ao novo ano. Mas não. O texto de hoje é um relato de agonia e
transtorno que passei ontem com minha irmã em uma emergência do hospital
Hapvida aqui no Recife.
Após
passar uma segunda-feira de emoções fortes e momentos difíceis no meu local de
trabalho, vou subindo a escadaria do prédio onde moro quando recebo várias
mensagens do meu marido. Ele estava socorrendo a minha irmã ao hospital por ela
estar vomitando muito. Verifiquei onde eles estavam e fui ao encontro deles.
Ao
chegarmos na "bendita" emergência minha irmã já sem cor, branca feito
papel, com olheiras enormes passa mal novamente. Já entrei na emergência quase
com ela nos braços. Sento ela numa cadeira dura de recepção e me deparo com
várias pessoas em situação parecida com a dela e outros apenas esperando pra
fazer um exame. Fui logo falar com a recepcionista que estava chateada com
alguma colega de trabalho dela. Resmungando ela dizia que não iria atender mais
ninguém, que iria fechar o computador e ir embora. Logo pensei: hoje não vai
ser fácil!
Minha
irmã vomitou novamente e continuou passando mal e sem ninguém para atender
ainda, afinal ela precisava "cadastrar a digital" dela para só assim
o nome aparecer no tal painel de atendimento. O tempo passa. A atendente ‘reclamona’
atende um depois outro e nada de cadastrar a minha irmã que nessa altura nem
tinha mais nada pra colocar pra fora de tanto que já tinha vomitado.
Até
que fim a digital foi cadastrada e o nome dela apareceu no painel.
Entramos
no consultório do médico, que sem estar com jaleco nem nome que o identificasse
como médico começou o atendimento. Atendimento? Que nada!
-
O que você está sentido? Onde dói?Perguntou ele a minha mana.
Ela respondeu a ele.
Apertou
a barriga dela e em menos de dois minutos disse: vou lhe da três medicações para que passe o enjoo, a
dor e num sei mais o que...
Pelas
condições que ela estava eu fui logo falando:
-
Doutor pode da um atestado a ela? Ela não tem condições de ir trabalhar
amanhã...
Ele
com olhar chateado e desconfiado disse que depois que ela tomasse os remédios ela
passasse por lá para pegar a declaração.
Quando
penso que as coisas vão melhorar e por já ter enfrentado recepcionista chateada e
médico desconfiado, eis que surgem enfermeiras ou técnicas de enfermagem
"conversadeiras". Pense!
Olho
pros lados e vejo quanta gente estava lá esperando medicação enquanto elas
preparavam, riam, conversavam...
Minha
irmã tem que aguardar mais uma vez. Nesse tempo de espera o que acontece? Mais
vômitos! Procurei um lixeiro, sem sucesso. Ela vomitou no chão mesmo. E nada
das "enfermeiras conversadeiras" darem a medicação.
Até
que fim chamaram o nome dela. Procuramos uma cadeira decente para que ela
sentasse para receber os remédios, mas não tinha. Todas estavam ocupadas. Ela
recebeu a medicação e começou a adormecer pelos efeitos dos remédios. Mas como
relaxar naquela cadeira de escritório no meio de uma enfermaria lotada?
Enfim
uma paciente sentiu-se melhor e desocupou uma poltrona que de imediato corri para
que minha irmã pudesse se acomodar. O tempo foi passando e graças a Deus ela
foi melhorando.
Enquanto
ela descansava pude observar situações que para mim, que sou leiga na área
acredito serem irregulares:
Enfermeiras
ou técnicas de enfermagem conversando alto no ambiente que acredito que deveria
ser de silêncio. Muitas mexiam no celular, outras sem luvas manipulavam
seringas com e sem medicamentos, cabelos soltos sem as toucas de proteção e por
aí vai...
Minha
irmã melhorou um pouco e decidimos ir embora, mas antes lembramos que ainda
teríamos que passar novamente no consultório do médico sem jaleco, lembram?
A
sala de espera lotada e ficamos em pé esperando a bendita porta se abrir para
pegarmos o tal atestado. Quando ele terminou um atendimento e empurramos a
porta para entrar ele já estava com o papel do atestado na mão. Minha irmã
ainda se recuperando e o bendito só deu o atestado do dia...
Voltamos
pra casa com ela ainda sonolenta e eu e meu marido cansados da maratona que foi
o nosso dia.
Pois
é. Dia que segue, vida que continua e o plano de saúde de nós pagamos
mensalmente um absurdo nos deixa na mão quando infelizmente precisamos dele!
Deixo
registrado aqui a minha revolta e chateação ao Hapvida – Emergência Capibaribe e vou "lutar" por condições melhores! QUERO RESPOSTAS!
Antes de ser jornalista sou cidadã, sei dos nossos direitos e que devemos buscar a qualidade de vida para nós e nossa família!
Desejo
que vocês não precisem do atendimento deles!
Até
a próxima gente!
Abraços,
Élida
Régis
Graças a Deus vc pelo menos conseguiu um atestado do dia. Atendimento péssimo em todo o lugar,
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